sábado, 3 de março de 2012

ZOO HUMANO IV


Laocoonte e seus filhos
Museu do Vaticano - Roma
Socialização

Aquilo que chamamos cultura, o diferencial entre o primitivo silvestre e o socializado, é a manifestação mais sofisticada da evolução da consciência e que nos permite interagir superando os traços originais da espécie. Enquanto na origem primitiva tendemos para o animalesco, com a aquisição cultural incorporamos mediadores internos que nos permite trafegar entre a nossa origem animal e primitiva e a sofisticação dos comportamentos que nos permitem interagir com o externo em níveis simbólicos mais evoluídos.

Neste caso o simbolismo pode ser compreendido como um mediador entre a natureza primitiva e a natureza aculturada dos envolvidos. Ou seja, o símbolo é mais do que apenas a representação que permite o entendimento e a troca entre os seres mas uma manifestação singular da natureza de nossa origem primitiva em transformação.

Talvez, pela natureza reprodutiva e pela fragilidade, a mulher seja mais tendente à superação da natureza animal do que o homem, penalizado com a força e como mero start reprodutivo.

O biótipo masculino precisa se superar para adquirir a evolução de sua natureza, a sofisticação do social, o desenvolvimento incorporação e projeção de sua natureza simbólica.

O que quero dizer é que as mulheres por origem e natureza tendem, em termos de estrutura simbólica, a serem mais evoluídas do que os machos. Eles precisam se esforçar para superarem a natureza troglodita e selvagem que carregam. Quando isso não acontece pode-se assistir o dilema entre a força que anseia pela evolução e a força que puxa para o animalesco e para a selvageria, o antissocial.

Felizmente homens contem naturezas femininas que fortalecem a natureza simbólica mediadora e mulheres contem naturezas masculinas não lhe impingem senso de princípio de realidade e ousadia, impulsionando-as para o exterior e mediando o encontro de naturezas tão distintas dentro deste universo.

*A image da obra de Art é para  fazer referências às forças internas que enfretamos, no dia a dia,  nos caminhos de nossas vidas. 

Um abraço para a Leila Gruger,  visitem seu blog http://leilakruger.blogspot.com/

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